DAR A VOLTA EM 2017

AS LIGAÇÕES ENTRE CIDADES – O FUTURO ESTÁ NA DIVERSIDADE E NA COMBINAÇÃO DE MODOS DE TRANSPORTE

Em 2017, viajar de bicicleta em Portugal é ainda uma novidade. Ao nível da mobilidade, deviam existir ligações que dessem privilégios a todos – transportes pessoais (de automóvel, mota, bicicleta e a pé) e transportes públicos (autocarros, barcos e comboios). O futuro da nova mobilidade reside precisamente na integração da diversidade, na combinação de bicicleta mais comboio, mais autocarro – ambas nem sempre possíveis, por vezes , apenas por falta de visão da vantagem dessa possibilidade. Se apostássemos na qualidade da experiência e segurança para os vários modos de viajar todos sairiam favorecidos: com mais bicicletas a circular e melhores transportes públicos reduzia-se o número de automóveis nas estradas o que facilitaria muito a vida a quem necessita mesmo de automóvel para se deslocar.

ECOPISTAS E CICLOVIAS DE BELEZA INCOMPARÁVEL SEM SINALIZAÇÃO 

Temos uma rede de estradas de malha densa com várias IC’s e IP’s por onde circula a maior parte do tráfego. Como ainda não temos uma rede de ciclovias a unir as várias cidades, as estradas municipais são a opção porque o tráfego motorizado é muito baixo e, por isso mesmo, são relativamente seguras para viajar com a família. No país, todas as regiões têm uns troços de ciclovias, ecopistas e afins (interditos à circulação de veículos motorizados) mas estão desligados entre si, sem sinalização que indique o seu começo e fim e sem informação sobre a sua distância e os lugares para onde se dirigem. Temos de caminhar no sentido de equilibrar todas estas ligações entre vilas e cidades.

AS VANTAGENS DO TURISMO DE BICICLETA

Na Alemanha, em 2016, o número de viagens ultrapassou os 150 milhões com uma receita de cerca de 5.2 milhões de euros (mais 30% que a receita obtida em 2014). Portugal tem a vantagem de ter um clima excepcional praticamente durante todo o ano e, para além disso, tem uma diversidade de paisagem que vai das praias do litoral aos socalcos do Douro Internacional, do Parque Nacional do Gerês ao do Marvão, da planície alentejana ao litoral de Aveiro. Por isso é que é tão importante apostar na qualidade das ligações, por isso é que a Alemanha investiu numa rede de ciclovias por todo o território, bem como a França.

E.BIKE – INCLUIR TODOS NO PRAZER DE VIAJAR

Na Europa, 20% dos cicloturistas viajam de e.bike e, destes, um terço tem mais de 65 anos. Na e.bike temos sempre de pedalar e a partir dos 25 km/h a ajuda desliga-se automaticamente; tem 4 níveis de ajuda, o que permite ajustar a ajuda à forma física e à geografia do terreno e, ainda, o botão que desliga toda e qualquer ajuda. 

A e.bike é inclusiva, permite aos mais velhos viajar com os mais jovens, aos “em baixo de forma” ganharem condição física e acompanharem desde logo os que se encontram “em forma”, às mulheres acompanharem os homens (ou o contrário, depende…), as e.bike tandem para levar familiares com deficiência são extraordinárias do ponto de vista da inclusão! 

Equipa de 2017

Ana Santos

Socióloga e antropóloga.

Investigadora do CRIA

Docente na FMH-UL

David Vale

Geógrafo

Investigador da CiAUD

Docente FA-UL

António Pedro Figueiredo

Arquiteto

MUBi – Associação de Mobilidade Urbana

Fernando Marques

Empresário

CV em empresas de tecnologias de informação, comunicação digital.

Paulo Martins

Empresário.

CV em empresas de tecnologias de informação, comunicação digital.