Artigo em recuperação

Este percurso de quase 1000 km, mais precisamente 968 km, começou em Cascais, passou por Setúbal, Évora, Estremoz, Portalegre, Castelo Branco, Fundão, Guarda, Torre de Moncorvo, Macedo de Cavaleiros, Bragança, Torre de Dona Chama e terminou na Foz do Tua, onde apanhámos de volta o comboio para Lisboa.

Decidimos partir em autonomia, sem qualquer viatura de apoio para termos a oportunidade de comparar o viajar em Portugal com experiências vividas na França e na Alemanha. Évora foi o local da partida porque aí retomámos o itinerário de 1927 que temos vindo a seguir, etapa a etapa.

De Torre de Moncorvo a Bragança realizámos um percurso de modo a incluir a ecopista do Sabor, que segue paralela à N 220, uma boa alternativa a quem viaja de bicicleta com alforges, a partir de Carviçais porque as “portas” para evitar que os automóveis entrem na pista são estreitas demais e obrigam praticamente a parar para as atravessar o que reduz muito o ritmo da viagem.Depois o trajeto até Macedo de Cavaleiros, onde dormimos, foi todo feito por estrada, ora com pouco ou nenhum trânsito ora com algum, mas sempre em relativa segurança. 

ECOPISTA DO SABOR

A ecopista do Sabor é uma pista em terra batida muito bonita e segura, ideal para ser realizada por uma família com filhos pequenos. Torre de Moncorvo é uma vila bonita com um hotel que guarda as bicicletas e com um restaurante muito bom com cozinha regional. Vale muito a pena passar aqui uns dias. O piso da ecopista é de terra batida (com cerca de 25 km), faz-se muito bem, parece não haver muita atenção na sua manutenção, nomeadamente dentro do perímetro urbano da Torre. 

MOGADOURO

PERCURSO PARA MACEDO DE CAVALEIROS

MACEDO DE CAVALEIROS

Vale de Prados
Rossas

Mais uma linha de comboios abandonada e mais um conjunto de estações igualmente ao abandono. Em Rossas, nota-se que houve uma intervenção de melhoria da envolvente e que, entretanto, voltou a estar ao abandono.

BRAGANÇA

BRAGANÇA – FOZ DO TUA

Em Bragança não há linha de comboio ativa. A estação mais próxima situa-se na linha do Douro. Desde Macedo até Bragança e, daqui até Torre de Dona Chama, o percurso é ladeado de frondosos castanheiros. Pernoitámos em Torre de Dona Chama, no turismo rural no centro da vila, excelente recepção, pequeno almoço opíparo, com lugar para as bicicletas (na casa da piscina). No dia seguinte partimos em direcção à Foz do Tua, passando por Mirandela, onde apanhamos o comboio regional que faz ligação no Porto com o Inter-Cidades para Lisboa. E assim cumprirmos os 1000 km em 10 dias, sem necessidade do automóvel para viajar por Portugal.

A caminho de Torre de Dona Chama

A DESCIDA PARA O DOURO EM DIREÇÃO À FOZ DO TUA

COMBOIO REGIONAL – LINHA DO DOURO