De Évora a Braga – 7 etapas, 1000 km em 10 dias

PRÓLOGO – DE CASCAIS A ÉVORA

98 km – 860 ganho de elevação – 4:49h

Claro que toda esta aventura será contada em livro, mas há que dar conta do desafio de forma breve tentando que as imagens também falem por si. Este texto está dividido em duas partes: a primeira descreve o percurso realizado até Castelo Branco e a segunda parte acompanha a saga vivida até à Foz do Tua. Este percurso de quase 1000 km, mais precisamente 968 km, começou em Cascais, passou por Setúbal, Évora, Estremoz, Portalegre, Castelo Branco, Fundão, Guarda, Torre de Moncorvo, Macedo de Cavaleiros, Bragança, Torre de Dona Chama e terminou na Foz do Tua, onde apanhámos de volta o comboio para Lisboa. Decidimos partir em autonomia, sem qualquer viatura de apoio para termos a oportunidade de comparar o viajar em Portugal com experiências vividas na França e na Alemanha. Oficialmente Évora foi o local da partida porque aí retomámos o itinerário de 1927 que temos vindo a seguir, etapa a etapa. Fomos de comboio até Setúbal e, já de bicicleta, até Évora – parte do percurso foi feito pela N10, a qual não tem berma e, por isso mesmo, será sempre um trajecto a evitar. Idealmente a melhor opção é ir por Tróia e chegar a Évora via Alcácer do Sal.

ÉVORA – ESTREMOZ

De Évora parte um rede de ramais de ferrovia abandonada que dava para ser o maior parque de ecopistas da Europa, uma vez que já não é possível voltar a ter comboios. Temos:

1. o ramal que vai para Reguengos,

2. o ramal que segue para Casa Branca,

3. o que vai para Estremoz e que depois se divide em dois trajetos,

3a. que segue para Cabeço de Vide e outro,

3b. que vai até Vila Viçosa

4. o ramal de Mora, o único que está ao cuidado da Câmara de Évora que o recuperou até Arraiolos. Paradoxalmente para manter a Ecopista do ramal de Mora, a Câmara Municipal de Évora paga anualmente à CP o montante de 6 964,43 Euros. Falta à CP dispor de transporte de bicicletas nos comboios Inter-cidades até Évora.

ESTREMOZALTER-DO CHÃO

É neste percurso, entre Estremoz e Alter passando por Figueira de Barros, que coloquei em causa a hipótese da qual parti no inicio deste projeto: se queremos ter este circuito turístico pronto a usar há que construir muitos km de ciclovias a ligar as várias cidades. Não é verdade! 

Temos uma rede de estradas municipais enorme e há muitas sem transito que até lembram as ecopistas existentes em França e na Alemanha. Só temos de elaborar mapas com vias complementares às vias verdes, nas quais as bicicletas têm prioridade. Neste tipo de vias os automobilistas, que partilham a via, sabem de antemão que têm de ter cuidado porque é uma via que pertence à rede ciclável nacional

SERVIÇOS DE APOIO EXISTENTES

‣ Alojamentos e Restaurantes onde nos guardam a bicicleta – SIM

‣ Interligação com os transportes públicos (comboio e autocarro) – NÃO

‣ Locais de informações específicas sobre rotas – NÃO

‣ Aluguer de bicicletas – EUROPCAR

‣ Oficinas de bicicletas – SIM

KOMOOT

Mapa e perfil da etapa recolhidos através da Aplicação que utilizámos para planear todas as etapas.