Viajar de bicicleta em França
Viajar de bicicleta em França é muito fácil dada a rede de 12.700 km de ciclovias e corredores verdes existente. Esta rede faz parte de uma maior e que conta com 21.000 km planeados, parte em construção, pelo sistema nacional de ciclovias e vias verdes.
Em qualquer lugar é possível chegar a um posto de turismo e pedir um percurso à medida das nossas disponibilidades de tempo: e, tipo menu, existem percursos de 1, 2, 4 ou mais dias, lineares ou em circuito de modo a voltar ao lugar de onde se parte.
Escolhemos este para realizar em dois dias. O automóvel ficou em segurança no parque do posto de turismo. Só não fomos para França de comboio porque não é possível atravessar a Península com bicicleta. Em França todos os comboios equivalentes ao Inter-Cidades português levam bicicletas.
Este trajecto une uma via Verde – um percurso de terra batida ao longo de um rio a uma via azul – um ramal de comboio tornado uma via ciclável. Nenhum dos percursos é luxuoso, como o da ecopista do Dão (pintado a três cores para distinguir os concelhos), mas estão muito bem conservados e muito bem assinalados – mesmo quando se entra e sai das vilas há sempre sinalização vertical que nos leva de volta ao caminho.
Outra particularidade, as estações foram recuperadas e têm várias funcionalidades: parte delas são postos de turismo, outras têm lojas de aluguer de bicicletas e também dão apoio de mecânica, outras são cafés e dão apoio à área em que implantada que, entretanto, também foi transformada em centro de lazer, com parque de estacionamento para auto-caravanas.
Mapa do percurso realizado. Não há vila, mesmo que pequena, que não tenha um posto de turismo com mapas de percursos para todos os gostos e disponibilidades de tempo
De volta à Via Verde em Macôn
É bom comparar Portugal com países como França e Alemanha. Como estes dois exemplos podemos verificar que não necessitamos fazer muito para nos tornarmos sérios concorrentes. Temos melhor clima, paisagens diversas e de beleza incomparável, boas condições de alojamento nomeadamente no interior do país, uma gastronomia que não há igual (a praticar preços muito abaixo do real valor da sua qualidade – baratos para os franceses e os alemães que nos visitam). Só nos falta vontade política a nível central e regional para ganhar esta competição e toda a mais valia económica que lhe está associada!
Façam boas viagens.
Sejam Felizes!