COMO É FÁCIL ANDAR DE BICICLETA EM NYC

A rede de ciclovias existente na cidade de Nova York é, para além de extensa, congruente e coerente. Congruente porque todas as ciclovias estão ligadas entre si ou, pelo menos, há indicação no fim de uma ciclovia de como aceder a outra. Coerente porque há uma lógica que facilmente se entende: no lado oeste, a 9ª avenida tem o sentido norte – sul, a 8ª avenida, pelo contrário, tem o sentido sul – norte, nos cruzamentos há indicação de como aceder à via rápida que é a Hudson River Greenway e, nesta, estão marcadas as saídas para as várias ruas e pontes. Raramente uma ciclovia ou faixa ciclável termina sem ter uma qualquer indicação de como e para onde devemos seguir.  As pontes estão todas devidamente sinalizadas em vários cruzamentos da cidade e facilmente se lhes acede. 

A Hudson River Greenway é uma auto-estrada para bicicletas, vai de uma ponta à outra de Manhattan e, nas horas de ponta, deve ser evitada por quem anda em turismo. Os ciclistas circulam a grande velocidade a ir e a vir do trabalho, são impacientes e agressivos para quem não vai devidamente encostado. Em qualquer rua, do lado oeste, existe sinalização que indica como lhe aceder. 

Nas avenidas, em geral, há uma ciclovia (segregada) em cada sentido, no caso de também existir transito nos dois sentidos. Nas avenidas de um só sentido há uma só ciclovia que acompanha sempre do lado esquerdo o sentido do transito – assim, o ciclista circula sempre do lado do condutor. As ruas que atravessam as Avenidas como são, em geral, muito estreitas têm, na maior parte dos casos, via partilhada com os automóveis e essa informação está devidamente marcada no chão. Os condutores reagem bem às marcações e são condescendentes quando as ditas existem. Se nada aponta para a existência de circulação de bicicletas então nota-se, no comportamento dos condutores, agressividade e impaciência.  

É possível programar todo um trajeto diário por ciclovias porque fora destas faixas o transito é terrível e pouco acolhedor a quem queira “inventar”. Há, no entanto, uma tolerância para com os ciclistas idêntica à que existe para os peões: interpretar vermelhos e andar em contra-mão não levanta qualquer problema. Parei num vermelho, não havia nem transito e nem pessoas a atravessar mas estava uma mulher polícia a guardar o cruzamento, foi esta que me perguntou “de que estava eu à espera(?)”. Avancei e passei a fazer como é meu costume!

A rede de ciclovias
O fim da auto estrada East River para bicicletas
Central Park
Bicicletas partilhadas em Central Park

A SINALÉTICA

Esta é a maior virtude da rede de ciclovias da NYC, tem todas as indicações necessárias para nos guiarmos na cidade sem necessidade de mapa. Na grande ciclovia de Hudson River Greenway (HRG) tem todas as saídas devidamente indicadas. Por exemplo, eu estava na 9ª avenida – rua 54, há indicação de saída na rua 56, de sentido único em direcção ao interior. Em sentido inverso, quando saía de casa, descia a 9ª avenida até à rua 52 onde tinha a indicação para virar à direita para ir ter à HRG. Poderia descer toda a 9ª Avenida mas teria uns 50 cruzamentos para atravessar, indo para a via rápida (HRG) evitava todas estas paragens.

PONTES

TODAS AS PONTES TÊM VIA PARA PASSAR DE BICICLETA

Em turismo: atravessar o East River em direção a Brooklin pela Manhattan Bridge, passear junto ao rio e voltar pela Brooklyn Bridge.

Em turismo: visitar Roosevelt Island – atravessar a Queensboro Bridge, no fim virar à esquerda e seguir a indicação da Roosevelt Bridge. Depois de dar a volta ilha, voltar de teleférico é uma boa opção (3 dólares para quem não tem passe de metro).

Ligação às várias ilhas de barco e à borla 

PLANEAMENTO: a cidade imagina-se de forma muito barata

Editar “New York City”