Évora vista do início da Ecopista – Bairro da Caeira

A ecopista: Grande Rota do Montado

Vindo de Évora, siga pela Estrada dos Aliados até virar à direita para a Rua da Tapada do Esquilaneiro. No fim desta rua, vire à direita e depois na primeira à esquerda, onde encontrarão o início da Ecopista. Seria interessante ter sinalização desde a estação de comboios de Évora até ao início da Ecopista, mas não existe! Ao longo da ecopista, há marcos quilométricos – 0 km Évora / 37,8 km Reguengos.

O percurso é um caminho de terra batida. Estes caminhos são geralmente estáveis e fáceis de transitar, embora possam tornar-se lamacentos e escorregadios após chuvas, o que requer cuidado extra.

As antigas estações

Antigo Apeadeiro de Paço Saraiva
Antigo Apeadeiro de Montoito
Antigo Apeadeiro de Santa Susana

A única vila próxima do percurso é Montoito, uma pequena localidade a cerca de 18 km de Reguengos. Os apeadeiros, maior parte abandonados, podem tornar-se focos de degradação visual numa área, acumulando lixo, são alvos fáceis para o vandalismo e pilhagem, nomeadamente de azulejos.
Na ecopista do Tâmega, nos últimos anos, as comunidades e autoridades locais transformarem estes espaços em pontos de interesse, tendo sido convertidos em museus, cafés, e centros de informação turística, revitalizando a área e preservando a história.

Paisagem

Albufeira da Barragem de Monte Novo
Olival – cultura extensiva

Quilómetros de olival em cultura intensiva, as oliveiras são plantadas em alta densidade, maximizando o uso do espaço e o aumento da produção total por hectare. Este tipo de cultura intensiva, em geral, tem um impacto ambiental maior que os terrenos de cultivo de oliveira tradicional, devido ao uso intensivo de recursos como água e fertilizantes, além de potencialmente afetar a biodiversidade local

Inverno alentejano

As vinhas, meticulosamente alinhadas em filas perfeitas, destacam-se na paisagem com as folhas avermelhadas e douradas, vestígios da recente vindima. O crescimento das vinhas é acompanhado pelo florescer das inúmeras espécies de flores silvestres que adornam os campos e beiras de estrada, pintando o Alentejo de cores vivas.

Ponte sobre a Ribeira de Vale de Vasco

A Ponte de Ferro sobre a Ribeira de Vale de Vasco é uma estrutura emblemática que reflete a engenharia do passado e a importância das infraestruturas ferroviárias e rodoviárias na ligação entre territórios no interior de Portugal. Situada numa paisagem de grande beleza natural, esta ponte destaca-se pelo seu design metálico, característico das construções ferroviárias do final do século XIX e início do século XX, quando o ferro era amplamente utilizado para garantir resistência e durabilidade em travessias sobre cursos de água.

Apesar do seu valor histórico e patrimonial, muitas pontes deste tipo enfrentam hoje desafios como o desgaste estrutural, a necessidade de manutenção e, em alguns casos, o abandono devido à modernização das infra-estruturas de transporte. No entanto, estas estruturas continuam a marcar a paisagem e a memória coletiva das comunidades locais, representando um testemunho da evolução dos transportes e da ligação entre diferentes regiões. Esta tem o piso moderno apesar de manter a sua estrutura de base.

Reguengos

Reguengos de Monsaraz apresenta um edifício da estação ferroviária bem conservado, embora aparentemente sem uso, refletindo a história de um passado ferroviário que perdeu a sua função original. A estrutura, ainda imponente, mantém-se como um marco arquitetónico da vila, evocando a importância que a ferrovia teve na mobilidade e no desenvolvimento da região.

A partir da estação, é apenas um pequeno percurso até ao centro da vila, onde se encontram bons restaurantes que servem pratos típicos alentejanos, com destaque para as migas, um dos ícones da gastronomia local. Preparadas com pão alentejano, azeite, alho e acompanhadas frequentemente por carne de porco ou enchidos, as migas são um verdadeiro símbolo da cozinha tradicional, refletindo os sabores intensos e autênticos da região.

Reguengos não se resume apenas à gastronomia: a vila destaca-se pela sua ligação à produção vinícola de excelência, com algumas das melhores adegas do país, bem como pela proximidade da histórica Monsaraz e do grande lago do Alqueva, tornando a visita ainda mais enriquecedora para quem aprecia cultura, natureza e boa comida.

Informações Gerais sobre o Percurso

O percurso pode ser feito num único dia, desde que se comece cedo, por volta das 9h30, permitindo um ritmo confortável para apreciar a paisagem e fazer algumas pausas ao longo do caminho.

Para quem procura alojamento perto do local de partida, o Graça Hotel, localizado muito perto do ponto de início, é uma excelente opção. Além de servir excelentes pequenos-almoços, essenciais para garantir energia para o percurso, o hotel dispõe de facilidades tanto para quem viaja de carro com bicicletas, oferecendo lugar de estacionamento, como para quem chega de comboio, disponibilizando um espaço seguro para guardar bicicletas durante a noite.
É essencial não esquecer alguns cuidados básicos para enfrentar o frio, como creme hidratante e batom contra o cieiro, protegendo a pele e os lábios da secura provocada pelo vento e pelas baixas temperaturas. Camadas de roupa adequadas, incluindo luvas e um corta-vento, também podem fazer a diferença para manter o conforto ao longo do percurso.

Mapas da App. Komoot